quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O livro que o Papa aconselha a ler

2015-01-22 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)

Durante a viagem de volta das Filipinas, conversando com os jornalistas, o Papa sugeriu a leitura do livro “O Senhor do Mundo”, de Robert Benson, para que entendessem o que queria dizer com “colonização ideológica”.
A ditadura do pensamento único

A obra descreve a instauração, no início do século XX, de uma ditadura do tipo humanitarista, que prega a tolerância universal para todos, com exceção da Igreja, que é perseguida.

Escrito em 1907, o livro retoma o tema desenvolvido por São Pio X na sua primeira encíclica E supremi apostolatus cathedra de 1904, na qual o Papa observava que os males que circundavam o mundo e a Igreja eram tão graves que faziam supor que o Anticristo estivesse já presente nele.

Robert Benson

Anglicano, quarto filho do Arcebispo de Cantuária, Robert Benson, convertido ao catolicismo e ordenado sacerdote, retrata neste texto visionário uma batalha final entre o bem e o mal. De um lado, Giuliano Felsenburgh, 30, evita o confronto entre Ocidente e Oriente, é aclamado como Presidente da Europa e instaura a ditadura do pensamento único. Do outro, está o sacerdote Percy Franklin, 33, que se torna Papa.

Benson jamais imaginou que seu romance chegaria, no início do século XXI, a se tornar tão realista. No livro, uma iminente guerra ameaça a paz universal, situação que permite a um jovem desconhecido ganhar popularidade em todo o mundo e aspirar apropriar-se dele: é o advento do anticristo. Mas ainda permanece algo da tradição que construiu o Ocidente: a Igreja Católica, que embora em meio a uma crise, se apresenta como a única resistência frente ao totalitarismo.

Em poucas palavras, “O Senhor do Mundo” é uma narrativa apocalíptica, contra a qual só nos resta um consolo e uma atitude: a confiança no triunfo definitivo de Deus e a incolumidade da alma.

(CM)

(from Vatican Radio)

sábado, 17 de janeiro de 2015

Reflexão para o 2º Domingo do Tempo Comum – B

2015-01-17 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)

Em meio a tanto tumulto, a tanta falação, as pessoas se sentem perdidas e buscam algo que lhes dê segurança, norte, que as oriente para o caminho certo, é isso que elas desejam.
Essa situação se dá hoje e se verificava também no tempo de Samuel, um profeta do século XI a. C. que recebeu do Sehor a missão de levar ao povo a palavra de Deus.

Contudo, Deus se manifesta na vida de Samuel de um modo muito discreto, apenas falando ao seu coração. Ele fala no silêncio, quando não existem ruídos que possam abafar ou atrapalhar sua palavra.

Ele nos fala nos chamando pelo nome, isto é, tocando nossa intimidade, todo nosso ser.

Identificamos sua palavra prestando atenção e não nos distraindo com as dificuldades.

O texto da 1ª leitura, do Livro de Samuel, nos fala tudo isso e também que Samuel precisou da ajuda de Eli para reconhecer a vontade do Senhor. Pode ser que também nós precisemos consultar alguém mais experiente nas coisas de Deus.

Quem é persistente ouve a voz do Senhor e sabe qual é sua missão, o que Deus pretende dele ou dela neste mundo ou naquela situação concreta. A pessoa passa a ter um norte, sua vida passa a ter sentido.

No Evangelho vemos João Batista, o homem humilde, que vive plenamente sua missão de precursor do Messias levando os homens para Cristo, e não para ele mesmo. Como seria tão diferente o nosso mundo se as pessoas não agissem como se o Universo se reduzisse ao seu próprio umbigo! João Batista tem consciência de que ele é ponte e não o objetivo final. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida que o ser humano busca. Somente ele sacia a nossa sede. Todo homem é convidado ao encontro com Cristo e a levar seus entes queridos, senão todos os homens, ao encontro com o Senhor da Felicidade, da Vida!

É necessário viver essa experiência do encontro com o Senhor, de viver de sua intimidade. É o Senhor quem nos convida.

Estejamos certos de que, se no meio do burburinho desta vida, sentimos um desejo de Deus, de pensar na Vida, é Ele, o Senhor, quem nos chama, quem nos convida para um encontro. Tenhamos coragem de sacrificar tudo aquilo que nos impede de ir até Ele, é o Amor quem nos chama!

Sejamos felizes como Samuel, João Batista, André, Pedro e tantos e tantas que souberam dizer sim a Deus e com isso pensaram grande, se libertaram da pequenez de uma vidinha fechada em si mesmo. Deus nos ama e que habitar em nós. Ele quer que sejamos de um coração grande como o dEle. Fomos chamados para o mais e somente o Mais poderá nos saciar plenamente e eternamente.(from Vatican Radio)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Liberdade de expressão não dá o direito de insultar o próximo, diz Papa

15/01/2015 10h39 - Atualizado em 15/01/2015 13h19

Pontífice fez declaração em seu primeiro discurso nas Filipinas.
Ele também disse que matar em nome de Deus é uma 'aberração'.


Da France Presse

Papa Francisco nas Filipinas (Foto: AP)


O Papa Francisco condenou nesta quinta-feira (15) os assassinatos realizados em nome de Deus, mas insistiu que a liberdade de expressão não dá o direito de "insultar" o próximo, em referência aos ataques realizados na semana passada na França, especialmente o contra o jornal "Charlie Hebdo", no qual 12 pessoas foram mortas.

Os comentários do Papa foram feitos a bordo do avião que o levava do Sri Lanka às Filipinas.

O ataque contra o "Charlie Hebdo" foi motivado pela publicação de charges do profeta Maomé, considerado sagrado pelos muçulmanos. A representação gráfica do profeta é proibida, e os muçulmanos consideraram ofensivos e uma provocação os desenhos de Maomé.

O pontífice disse que tanto a liberdade de expressão como a liberdade religiosa "são direitos humanos fundamentais". "Temos a obrigação de falar abertamente, de ter esta liberdade, mas sem ofender", continuou.

Sobre a liberdade religiosa, destacou que "cada um tem o direito de praticar sua religião, mas sem ofender" e considerou uma "aberração" matar em nome de Deus.
Papa Francisco acena para fieis a bordo do papamóvel em Manila (Foto: AP)Papa Francisco acena para fieis a bordo do
papamóvel em Manila (Foto: AP)


"Não se pode ofender, ou fazer guerra, ou assassinar em nome da própria religião ou em nome de Deus", afirmou.

O Papa lembrou que no passado houve guerras nas quais a religião desempenhou um papel determinante. "Também nós fomos pecadores, mas não se pode assassinar em nome de Deus", insistiu.

"Acho que os dois são direitos humanos fundamentais, tanto a liberdade religiosa, como a liberdade de expressão", completou.

"É verdade que não se pode reagir violentamente, mas se Gasbarri [ele se referiu a um de seus colaboradores junto com ele no avião], grande amigo, diz uma palavra feia da minha mãe, pode esperar um murro. É normal!", assegurou.

Francisco lamentou que haja "muita gente que fala mal de outras religiões ou das religiões (...), que transforma em um brinquedo as religiões dos demais".

Para o pontífice, estas pessoas "provocam" e foi quando estimou que "há um limite para a liberdade de expressão".
Papa Filipinas (Foto: AP)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Dra. Zilda Arns: primeiro passo para a beatificação

2015-01-12 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)

O Haiti recorda nesta segunda-feira, 12 de janeiro, os cinco anos do terremoto que matou milhares de pessoas. Entre elas, a Dra. Zilda Arns, que estava na Ilha para implantar a Pastoral da Criança.
Cinco anos desde a morte do candidato são o período necessário para abrir uma causa de beatificação. E o primeiro passo ocorreu no último sábado (10/01) na Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Cerca de 40 mil pessoas de todos os Estados brasileiros estiveram presentes na celebração que marcou a entrega oficial da moção que solicita a abertura do processo de beatificação de Zilda Arns.

A moção é um documento que reúne assinaturas, com o objetivo de demonstrar o apoio da população a uma causa ou proposta. Neste caso, os fiéis apoiam o reconhecimento à fama de santidade e ao legado evangelizador e pastoral da Doutora Zilda.

A celebração eucarística foi presidida pelo Presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, concelebrada por mais de 20 bispos de várias dioceses brasileiras.

Beatificação

De acordo com Nelson Arns, Coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança e filho de Zilda, o evento foi resultado de uma rede nacional de mobilização, que coletou assinaturas para a moção de apoio à beatificação. O documento com mais de 130 mil assinaturas foi entregue durante a celebração eucarística à Arquidiocese de Curitiba e o próximo passo será o encaminhamento do processo completo para o Vaticano.

“O trabalho de minha mãe à frente da Pastoral foi marcado pelo altruísmo e isso permanece até hoje. As pessoas que integram a Pastoral buscam melhorar sua atuação junto às crianças e à sociedade, não pedem nada para si, mas pelos outros. O apoio à beatificação de uma pessoa que não era religiosa também chama a atenção para o fato de que todos os cristãos são chamados à santidade, e não apenas aqueles que seguem a vocação religiosa”, disse.

Sobre a moção apresentada, a Rádio Vaticano falou conversou com o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner:

(from Vatican Radio)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Papa: atenção pelos pobres é Evangelho, e não comunismo ou pauperismo

2015-01-12 Rádio Vaticana

"A atenção pelos pobres está no Evangelho, não é uma invenção do comunismo", disse o Papa numa entrevista com Andrea Tornielli, coordenador do "Vatican Insider", e Giacomo Galeazzi, vaticanista do jornal "La Stampa" . A entrevista com o Papa conclui o livro intitulado "Papa Francisco. Esta economia mata", dedicado ao magistério social do Pontífice. O volume recolhe e analisa os documentos do magistério sobre a pobreza, imigração, justiça social e integridade da criação. Publicado pela Editora Piemme, o livro será lançado na terça-feira, 13 de janeiro, mas neste domingo o jornal “La Stampa” antecipou longos extractos da entrevista com o Papa. Serviço de Isabella Piro, da Rádio Vaticano.

Opção preferencial pelos pobres, vem das palavras de Jesus


"A atenção pelos pobres está no Evangelho e na tradição da Igreja, não é uma invenção do comunismo e não devemos fazer dela uma ideologia", assim explica o Papa Francisco a continuidade, na tradição da Igreja, da "opção preferencial pelos pobres". "Uma atenção que tem a sua origem no Evangelho - reitera – documentada já nos primeiros séculos do cristianismo": basta citar os primeiros Padres da Igreja, do segundo ou do terceiro século. As suas homilias não podem ser consideradas "marxistas", explica o Papa Francisco, porque quando "a Igreja convida a vencer a "globalização da indiferença" está longe de qualquer interesse político e de qualquer ideologia". Ela é "movida apenas pelas palavras de Jesus" e "quer dar o seu contributo na construção de um mundo onde se protege e se cuida uns aos outros”.

Aborto, resultado da cultura do descarte


A propósito da globalização, o Papa Francisco destaca as suas luzes e sombras: por um lado, essa "tem ajudado muitas pessoas a saírem da pobreza", levando a "um crescimento da riqueza mundial em termos absolutos", mas, por outro lado a globalização "condenou muitas outras pessoas a morrer de fome", provocando um aumento "das disparidades" e o nascimento de "novas pobrezas". É um sistema económico e social que coloca ao centro o dinheiro, o transforma num ídolo – sublinha o Pontífice - e reduz homens e mulheres em "simples instrumentos", causando "profundos desequilíbrios". O que predomina na cultura, na política, na sociologia é o "descarte" daquilo que não serve: crianças, jovens, idosos. "A cultura do descarte leva a rejeitar as crianças também com o aborto", reafirma o Papa que, em seguida, diz estar "chocado" pelas "taxas de natalidade tão baixas na Itália", porque "assim se perde a ligação com o futuro”.

Eutanásia escondida para idosos abandonados


A cultura do descarte também leva "à eutanásia oculta dos idosos que são abandonados", em vez de serem considerados "como a nossa memória, a ligação com o nosso passado, uma fonte de sabedoria para o presente". Também os jovens são afectados por esta atitude, de modo que – observa o Papa Bergoglio - "nos países desenvolvidos há tantos milhões de jovens com idade inferior a 25 anos que não têm emprego". São os jovens "nem-nem" – define-os o Pontífice - "não estudam porque não têm possibilidades de fazê-lo e não trabalham porque não há trabalho". E depois, o Papa faz uma pergunta: "Qual será o próximo descarte?”

Resolver a pobreza para curar o mundo
Por isso, o forte apelo: "Paremos, por favor!", "Não consideremos esta situação como irreversível, não nos resignemos", mas "tentemos construir uma sociedade e uma economia em que estão no centro o homem e o seu bem, e não o dinheiro", porque "sem uma solução para os problemas dos pobres, não vamos resolver os problemas do mundo". O que é necessário, reitera o Papa, é "a ética na economia e na política"; precisamos de "programas, mecanismos e progressos orientados para uma melhor distribuição dos recursos, a criação de empregos, a promoção integral daqueles que são excluídos”.

Não à autonomia absoluta dos mercados


Acima de tudo, precisamos de "homens e mulheres com os braços levantados para Deus para rezar", conscientes de que "o amor e a partilha dos quais provém o desenvolvimento autêntico" não são "um produto" do homem, mas "um dom que se deve pedir". Estes homens e estas mulheres, exorta o Papa, devem empenhar-se em todos os níveis - social, político, institucional e económico - "pondo ao centro o bem comum", porque "os mercados e a especulação não podem gozar de uma autonomia absoluta" . "Já não podemos esperar mais - adverte o Papa - para resolver as causas estruturais da pobreza, para curar as nossas sociedades de uma doença que só pode levar a novas crises".



Pauperismo, caricatura do Evangelho


Por fim, o Papa Francisco recorda que o Evangelho "não condena os ricos, mas a idolatria da riqueza que torna a pessoa insensível ao clamor do pobre". E, portanto, adverte contra o pauperismo, definindo-o de "uma caricatura do Evangelho e da própria pobreza". Pelo contrário, "a ligação profunda entre a pobreza e o caminho evangélico", e que nos foi ensinado por São Francisco de Assis, é o verdadeiro "protocolo", com base no qual o homem será julgado: significa "cuidar do próximo, de quem é pobre, dos que sofrem no corpo e no espírito, dos necessitados". E isto não é o pauperismo - conclui o Papa - mas Evangelho. (BS)
(from Vatican Radio)

sábado, 10 de janeiro de 2015

Reflexão para a Festa do Batismo de Jesus

2015-01-10 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)

Na noite de Natal, os anjos cantaram aos pastores “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado”. Essa paz auspiciada pelos anjos é transmitida pela pessoa de Jesus, o Príncipe da Paz, apresentado no Evangelho de hoje como o “Filho muito amado do Pai, em quem Ele pôs todo seu bem agrado”.
Na primeira leitura, ao ouvirmos falar sobre o Servo de Javé, poderemos identificá-lo com Jesus Cristo, como o fizeram os primeiros cristãos.

O misterioso Servo de Javé do Livro de Isaías, pessoa nobre que lutara pela libertação dos homens, sem clamar nem levantar a voz, sem quebrar uma cana rachada nem apagar um pavio que ainda fumega, ouviu do Senhor o seguinte: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como centro da aliança do povo, luz das nações”. Ora, esse Servo é homem da paz, não domina, não destrói, não desanima, 500 anos antes já revelava o perfil de Jesus, nosso Redentor.

O Evangelho do Batismo de Jesus, extraído de Lucas, nos diz que Jesus rezava quando o Espírito Santo desceu sobre ele. O Espírito Santo é a resposta de Deus à oração de Jesus. O próprio Senhor, mais adiante irá ensinar que o Pai dá o Espírito àqueles que o pedirem.

Por que Jesus rezava? Certamente para saber do Pai o que é de seu agrado, para lhe ser fiel. Também nós precisamos da oração para realizarmos a missão que o Senhor nos deu, para sermos imagem do” Filho muito amado em quem o Pai pôs todo seu agrado”.

A segunda leitura, extraída do Atos dos Apóstolos, nos fala “como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando todos os que estavam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele”.

Eis nossa missão: andar por toda a parte, fazendo o bem e curando os que estão dominados pelo pecado. Como fazer o bem e curar os dominados pelo pecado? Certamente sendo promotores da justiça, fazendo o bem e libertando todos do jugo do egoísmo e trocando-o pela humildade e serviço; libertando do jugo do prazer e oferecendo a solidariedade; libertando do jugo da idolatria, seja ela qual for, e substituindo-a pelo Amor.

Pe. César Augusto dos Santos SJ(from Vatican Radio)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Reflexão para a solenidade da Epifania do Senhor

2015-01-05 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)

Isaías anuncia a manifestação da glória do Senhor sobre Jerusalém e a conseqüente vinda para ela dos outros povos, para também serem iluminados pela luz divina. Jerusalém é o centro, atrai para si a atenção dos povos, mas ao mesmo tempo vive a vocação de iluminá-los, de conduzi-los ao Senhor.
Paulo nos fala que essa glória do Senhor é o mistério de Jesus Cristo, ou seja, a glória do Senhor que ilumina Jerusalém e atrai para ela os demais povos, é Jesus Cristo com sua salvação. Através dele todos os povos “são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa”.

O Evangelho de Mateus explicita essa atração dos povos pela luz que ilumina Jerusalém, através da vinda dos magos, conduzidos pela luz de uma estrela que irá pairar sobre a casa onde se abriga Jesus, a misericórdia, a salvação, a própria luz!

Contudo os doutores da Lei, aqueles que deveriam possibilitar a Luz iluminar, lendo e anunciando os escritos dos profetas, especialmente aquele que diz que será em Belém o nascimento do Messias, do Salvador, não querem ser incomodados pela luz e preferem permanecer na escuridão. Pouco lhes importa que a missão do Messias seja unir o povo de Deus e iluminar as nações.

Os magos, fascinados pelo clarão apreendido no estudos dos astros e da natureza, já que não possuem as profecias, intuem e tem conhecimento do nascimento do Salvador e sabem que é naquela região.

Ao visitarem o Messias, lhe ofertam ouro, incenso e mirra. Ouro, ao rei; mirra, o óleo com o qual esposa se perfuma para suas núpcias, sinaliza que o Senhor é o esposo; e incenso, ao Deus encarnado.

Discernindo a reação do rei Herodes, os magos não retornam a ele após a visita ao Senhor.

Para nós, batizados, que temos o conhecimento da vinda do Messias, que a celebramos a cada ano no Natal, como é nossa postura em relação às exigências da revelação? Somos seus anunciadores a todos os homens? Aceitamos que o Senhor se revela a todos e de modo diverso, de acordo com a cultura e possibilidades de cada um?

Cremos que a Igreja é a nova Jerusalém, de onde brilha a Luz do Sol verdadeiro, Jesus Cristo, e para ela se dirigem todos os povos, todos o homens de boa vontade?

Também, como os Magos, desviamos nossa caminhada daquelas pessoas ou situações que nos afastam de Deus, que optaram pelo Mal? Que preferem o acomodamento à prática do bem?

Ser cristão é acreditar que a vinda de Jesus Cristo trouxe para a Humanidade a união definitiva de Deus com o Homem e que todos os homens são chamados a viver essa união e que a Igreja tem a missão de ser farol, porque nela está a Luz verdadeira.

Epifania, - manifestação da misericórdia de Deus a todos os homens,- façam já parte da Igreja ou ainda não. (CAS)



(from Vatican Radio)